Páginas

Foto do fundo: Auto-retrato - São Miguel do Oeste - SC by Alice Elaine

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

E eu fiz o Chateaubriand

Felicidade que bate na porta... coisa de criança feliz, cachorro faceiro que recebe o dono sem saber o que fazer primeiro, sacode o rabo, late nos gatos ou pula nas pernas...
Hoje eu estou assim!
Sou só euforia, felicidade a flor da pele, sou alegria...
E eu fiz a comida preferida!
Fiz Chateaubriand de filezinho de frango,
À moda Alice...
Bife passadinho na chapa,
Molho de tomate com champignon e creme de leite,
Batatinha palha por cima.
E arroz branco pra acompanhar...
Enquanto monto o prato bebo do vinho tinto!
Pra comemorar!
Hoje vai ter festa até a madrugada...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Olhar

Ao nascer, observava sombras entre as luzes,
Na infância, via o mundo sob a ótica de uma criança.
Antes dos 20 já usava óculos para correção.
Mas no fim, espero não ver minha morte...

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sou Feliz

Eu queria ter um meio
Que me permitisse viajar
Pra dentro dos pensamentos
De quem me permitir entrar,
Daqueles com que eu sonho,
Dos que eu tenho saudade.
Queria ver se lembram de mim
Se durante o dia, pensam em mim

Será que estou por aí?
Será que ainda vivo?
Onde estou? Com quem ando?
Sou feliz

Poderia flutuar
Dentro das ondas do coração
Ver meus amigos brincar
Seus filhos crescer
Um amor nascer
Dividir a dor
Confortar pelas perdas
Nunca estar só...

Será que estou por aí?
Será que ainda vivo?
Onde estou? Com quem ando?
Sou feliz

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Personalidade

Como descobrir quem se é?
Quando sente prazer fazendo o que é sempre rotineiro.
Quando todo mundo diz que não gosta e continua apreciando mesmo assim.
Quando seu espelho lhe sorri.
Quando muda de gosto é porque aprendeu que o novo lhe agrada mais do que o antigo.
Tem convicção do que não deve fazer e,
Um alvo a atingir.
Sabe experimentar sem por a culpa em ninguém.
Admite a culpa e não discute por méritos.
Têm cores, roupas e calçados preferidos fora da moda, ou na moda.
Não copia, aceita sugestões.
Ama o que é seu, não inveja dos outros.
Sabe dizer NÃO e, também o SIM.
Não tem medo de errar,
Porque o erro é motivo pra se aprender.
Conhece seus limites e os respeita.
Não tenta aparentar ser o que não é.
Mas, finge não saber que está sendo ferida,
Porque ama esta pessoa.
Pensa nas palavras.
Mede as conseqüências.
Faz suas próprias escolhas,
Mesmo que seja a mesma de outros.

domingo, 15 de novembro de 2009

Os três mosqueteiros...

Cloreto de sódio, cloreto de benzalcônio e cloridrato de nafazolina.
Dipropionato de beclometasona e salbutamol.
Mucato de isometepteno, dipirona sódica e cafeína.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Amigo, adiante!

Coração partido em cacos
Não o meu, mas o teu.
Ai, como dói não saber.
Não saber o que se passou,
Ou o que se passa.
Não ter o remédio pra curar:
Dor de amor, dor de solidão,
Dor de dúvida...
Como eu queria ajudar, mas ajudo como?
Não sei o problema,
Eu não sei de nada.
Estou longe e estou por fora,
Estou só percebendo.
Vejo nas linhas da canção,
Sinto nas palavras,
Gostaria de dizer:
Não sofra,
Não chore,
Não se afogue!
Afagar com cafuné seus cabelos
Passar a almofada pra chorar escondido.
Queria ter a solução pro soluço!
Só posso esperar que passe,
Assoprar de leve a ferida,
Sentar-me ao teu lado na calçada,
Esperar que a dor passe.
Apenas torcer por ti,
Pelo teu sucesso e recuperação.
O que poderia fazer eu estou tentando.
É sincero, espontâneo e desinteressado.
Espero que aceites... Continue adiante!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Dois Sentidos

As pessoas serão sempre lembradas
Por um perfume marcante
Ou pelo sabor insubstituível
Coisas da vida, fato relevante.

Cheiro de rosas, baunilha,
Água fresca, canela ou flores de verão,
Aroma de Almíscar, lavanda,
Madeira, sândalo ou outro tipo de grão.

Gosto de macarronada, mingau,
Café, pão ou algum docinho.
A picante moqueca de peixe,
A sopa, o suco ou o picadinho.

Alguns se lembram do olor exalado.
Outros do sabor transferido ao prato.
Alguns se lembram de olhos fechados,
Outros do salgadinho da pele no palato.


Nuvens by Alice

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Alice

Quando estou com vontade de chorar, fico mais pensativa, retraída e entro num buraco atrás do tal “coelho”, caindo e caindo até o fundo. Tenho medo de não sair mais deste mundo nada maravilhoso...
Choro um rio caudaloso debaixo do chuveiro, entre os travesseiros ou na frente da geladeira.
Enxugo o rosto, volto a jogar um pouco de água fria pra aliviar o vermelhão...
Tento voltar ao convívio social de maneira a não levantar suspeitas para minha dor.
Mas, é dor de quê?
Sei lá... Talvez se eu soubesse o que me aflige seria mais fácil de curar.
É simplesmente choro... Vontade de expelir de alguma forma toxinas e desilusões. É uma maneira de lidar com o conformismo, encontrando um modo inofensivo de extravasar as frustrações.
Eu posso dizer a quem eu quiser que eu choro, mas odeio que me vejam chorar. Sinto-me mais atingida ainda, se alguém pergunta o “porque”. Eu não quero explicar coisa nenhuma!
De uma hora para outra posso me transformar na “Rainha de Copas” e cortar a cabeça dos que me importunam.
Talvez eu ache o tal “coelho” e, talvez, quem sabe, eu coma uma carne diferente acompanhada de vinho tinto...
Enxugarei minhas lágrimas com o guardanapo!

Coelho-gato branco by Alice


...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O Refresco

Começo de noite, calor escaldante desde a manhãzinha.
Agora, no ocaso do dia, o alívio para plantas, animais e corpos cansados.
Barulho de vento, oscilação de energia, chão molhado com respingos.
Desaba o céu em gotas, chuva fria, vento forte.
Vem lavando a poeira das paredes quentes,
Terra rachada e folhas murchas por todos os lados
Voltam a esticar-se e preenchendo os espaços,
Trazendo um consolo para a hora de descanso.
A cabeça que doía, agora relaxa,
Conta em silêncio o som das águas na janela.
Respiram os poros, antes embebidos de suor.
Correntes de fluxo contínuo nas ruas banhadas de choro celeste.
Cantiga de ninar para aflitas almas ardentes.
Ar fresco em movimento a bailar no ritmo das frestas e latas.
A tempestade me acalma...
Sinto-me viva com o som que ela trás.
É a cura para o que o sol queimou.
É a lembrança do que realmente tem valor.
É a demonstração da fragilidade do que antes parecia sólido.
É ar, é água e é movimento.
É força indomável!
Ah,
A tempestade me acalma...
Refresca meus pensamentos.

domingo, 1 de novembro de 2009

Quem


Esse é nosso jeito de continuar by Manu Bertol

Quem me condenará quando eu cometer meus erros mais graves?
Acaso serão os covardes, que nunca terão um instante de coragem em seus esqueletos corroídos pela inveja?
Serão os pobres de espírito que jamais olham pra si mesmos como olham para o seu semelhante?
Quem sabe, serão os perfeitos seres-humanos que não conhecem a falha porque não a admitem nos seus tristes dias agendados?
Quem apontará meus deslizes?
Surgirão dedos de todos os lados...
Dedos de hipócritas que escondem-se atrás de caras “psico-apáticas”, gente psicótica...
Indicadores esticados provindos de pessoas mesquinhas, sem amor para dar...
Quem será capaz de julgar minhas ações indecisas quanto ao seu real valor?
Serão os inconseqüentes que levam suas vidas curtas até a próxima esquina?
Quem sabe os donos da verdade que gritam de seus púlpitos a manipulação da massa?
Minha certeza é assustadora mas justa...
Quem me causará a culpa, quem me atribulará pelo erro e me julgará os atos,
É minha própria consciência.
Ah, mas quem me aplica o perdão,
DEUS.

Onde estão?