Páginas

Foto do fundo: Auto-retrato - São Miguel do Oeste - SC by Alice Elaine

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Cuidando da casa...

Fechadura by Alice
Crônica publicada em 25.12.2015 no site de Claudemir Pereira. http://zip.net/bmsBvx 

Quem nunca cuidou da casa de outros durante algum período? Cuidou com amor e muito zelo porque conhecia bem o dono, ou foi pago pra ser caseiro durante o veraneio de férias?...
Eis que me encontro às portas da casinha da chácara. Diante de um molho de chaves com inúmeras possibilidades. Uso a chave pequena ou a dourada? Quem sabe a chave comprida, ou seria a prateada com o plástico?
Vou tentando chave por chave do imenso molho e nada... já ouço o miar desesperado da gata que ficou presa dentro de casa, pedindo com urgência para sair de seu enclausuramento acidental.
Ele, o dono da casa, me disse algo antes de me passar as chaves... me deu algumas instruções... Ai, esta memória de paciente com Alzheimer que me aflige desde criança, o que era mesmo???
- Pegar a correspondência.
- Alimentar os gatos com ração nova e colocar a ração velha fora! Estes bichos são tão nojentos quanto o dono.
- Limpar possíveis 'presentes' felinos.
- Dar água às plantas. Pobres... são os únicos seres vivos, mudos, que ele ama, eu acho... se bem que quando venta e chove elas produzem música.
- Colocar veneno nas frestas das janelas. Ai de mim se quando ele voltar encontrar mosquito zunindo na orelha.
- Não tocar nos tesouros (discos de vinil), muito menos, tocar no diamante (agulha do toca-discos).
Bom... ele sabe que eu sou desastrada... alguém contou, ou ele sabe...
E a lista continua...
- Verificar se os cupins continuam a alimentarem-se do batente da porta e tentar borrifar o veneno mais potente que tiver no mercado... aproveitando a sua ausência na moradia.
- Deixar o rádio na estação favorita, mesmo que eu queira mudar eventualmente... voltar a estação que a casa e o dono estão habituados a ouvir.
- Lavar os pratinhos dos bichanos, que criam limo com o tempo... e me certificar que a água esteja limpa e sem larvas de mosquitos.
- Recolher as frutas do pátio para mim, se eu quiser. Bom... acho que aproveito o limão, para uma caipirinha... mas, nem é época...
E a chave??? Qual era a chave que abria esta porta??? Ele não me disse...
Das dezenas de chaves que segurava uma era a correta, mas eu teria que descobrir por tentativa e erro. Talvez fosse a lição que ele quisesse me deixar...
Pode ser que ele quisesse que eu me sentisse ansiosa diante da oportunidade de abrir uma nova porta em minha vida, que eu descobrisse como entrar em uma nova jornada de aventuras desconhecidas.
Quem sabe ele esperasse que eu desse um sorriso ou que proferisse o palavrão da raiva e de ira diante do obstáculo e do tempo perdido. Ou, ainda, que ele estivesse me testando para ver o quanto conhecia sua rotina e seu modo de vida... assim, deduziria pela aparência, a chave certa!!!
Volto a atenção para o molho novamente e escolho a chave gasta... aquela que estava meio tortinha das noites de farra, a mais lustrosa do uso e a de aparência mais rústica...
O miolo gira, faz-se um click!!!
O gato já está em agonia, dentro da casa e eu em desespero fora dela.
Com a mão na maçaneta aplico o último golpe para adentrar naquele novo universo e...
Ahhhhhhhhhh...
Ele travou o ferrolho...

Acabei de lembrar a última instrução. A entrada não era por esta porta, era pela porta da frente!


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Casa Vazia...

Casa vazia...  de algum lugar na net



Sempre fui estranha... sempre me considerei diferente e estranha.
Estranha porque nós temos padrões de comparações com outros. No geral, as pessoas gostam de decoração, móveis, eletrodomésticos e coisas, muitas coisas...
Eu sou estranha porque eu gosto dos espaços vazios, gosto do nada, da folha em branco, da roupa no cabide, do copo lavado... da casa vazia...
Gosto da possibilidade de poder preencher com o que eu quiser.
Gosto do eco dos sons nas paredes pintadas.
Gosto dos corredores que levam ao desconhecido do próximo cômodo vazio.
Gosto de ver as tomadas de energia elétrica livres.
Gosto da sensação de liberdade e conforto que o nada tem.
Sou estranha porque vejo um cano sem chuveiro e mesmo assim giro o registro e sinto o respingar da água gelada e densa.
Gosto!
Abro as janelas sem cortinas e gosto de ver um horizonte habitado
Voltar minha atenção ao ambiente e notar que tudo está cheio de possibilidades minhas...
Eu gosto de descobrir a vizinhança disposta a conversar e saber das novidades...
A voz ecoa pelos cômodos, a casa tem som de casa vazia...
Gosto de abrir as portas...
Gosto de apertar o interruptor da luz...
Gosto de tocar a campainha... béééééézzzz, ou dim-dom?
Garagem sem carro e escura... medo...
Gramado, acimentado ou sacada... lazer limitado.
Quando todos se vão, gosto de deitar no chão solitário e olhar pro teto...
Gosto da correria desenfreada na qual se testa o tamanho da casa.
Gosto da discussão pelos quartos, locais das camas...
Já imagino o sol da manhã e o da tardinha. O calor do dia...
Eu gosto da casa vazia e das possibilidades.
Eu gosto da casa vazia e do novo amanhã.
Eu gosto da casa vazia...
Casa vazia... minha infância...
Ah... como é bom estranhar uma casa vazia!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

E iu...


Fim by Alice



Ele não veio pra crônica porque a Vida o engoliu.
A casa caiu.
O livro esvaiu.
A rua ruiu.
O mundo evoluiu.
A musica partiu.
O cavalo fugiu
A firma faliu.
O tema sumiu.
A coisa saiu.
O meio surgiu.
A vaca mugiu.
O boi não tossiu.
A chuva fluiu.
O Arroio Poluiu.
A Esposa traiu.
O Veneno diluiu.
E por fim, o poeta...
Dormiu... 

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Terça-feira, 13-10-2015

Uma lua, quase nada... by Alice


O mundo gira, as pedras rolam, as pessoas vivem, o propósito de Deus voa, as coisas acontecem, o vento passa, as frutas caem, os anéis se vão, os dedos ficam, a moda se vai, a onda continua...
E parece que só eu que fico parada...
Em egocentrismo, talvez...
Mas, não. É dessa maneira que todos enxergam as coisas, do seu ponto de vista. Como diria minha professora de Física, do primeiro ano do segundo grau, as coisas são vistas de um ponto móvel.
Eu sou um ponto móvel.
Ando por aí e vejo tudo ao meu modo...
Vejo que a pessoa que não precisa de mim não necessita que eu exista.
Um filho que tem uma atividade prazerosa não precisa de sua mãe por perto.
Uma mãe feliz com seu marido não precisa da filha pra dividir seu tempo.
Namorados que querem se conhecer de perto não precisam de quem não é vela.
Os noivos em seu casamento não precisam de mais convidados.
Novos amores não necessitam de velhos amigos, no momento.
Os devedores não precisam de novas dívidas.
Quem pode viajar não quer visita.
O poderoso não quer dividir o poder.
Quem tem sossego não quer problema.
Tudo tem um porquê...
Não que todas as pessoas sejam egoístas, mas todos vêem do seu ponto de vista.
Comemos porque temos fome.
Bebemos porque temos sede.
Porém, continuamos amando porque...
Ahhhhhh...
Amamos porque somos humanos!
Mas, em muitas destas ocasiões, eu me sinto um Nada...
Do meu ponto de vista, não me vejo, não sou e não existo...

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

De & Re-compondo

primavera2015 by Alice


Dor-mente...
Mente a dor ou a-dor-mece?
Dor-mente...
Dói a mente ou a mente-capta?

domingo, 13 de setembro de 2015

Calor... & o Inverno...

Flor do Inverno


Me perguntaram: Tu gosta do frio?
Em outros tempos e outras épocas eu seria categórica: - NÃO!!!!
Agora...
Agora eu mudei...
Eu sempre justifiquei minha resposta negativa com o que eu sentia fisicamente, as dores que o frio trás... eu sempre tive asma, uma doença crônica que causa falta de ar, ansiedade, cansaço, angústia e dores, muitas dores...
Sempre tive rinite, outra doença crônica que faz com que meu nariz transforme-se em uma vertente, uma fonte infinita de constrangimento e que leva até a sinusite, outra doença dolorosa, dor no rosto e na alma...
O frio sempre me levou ao sofrimento. O frio me fazia mal...
Porém, este ano, o frio me fez falta...
Senti falta das roupas bonitas e elegantes que o frio nos trás aos olhos.
Senti falta dos dias próximos à lareira na casa do meu pai.
A falta de frio deste inverno não me aqueceu como eu queria... senti falta do calor humano que o frio trazia consigo.
Neste inverno as temperaturas não pediram um chocolate quente, ou uma gemada batida com leite e macela...
Durante este inverno eu não pude viajar ao encontro dele, não pude usar as luvas que comprei enquanto ainda era verão...
Eu gosto de calor, e nisto não há dúvida... Amo o calor... sinto-me bem, sinto-me viva, sinto-me sem dores...
Porém, hoje, ao me perguntar se gosto do frio, posso responder sem sombra de dúvida que SIM!!!!
Mudei!!!
Apesar das dores e do peso que o frio me aplica sobre os ombros, digo que SIM, porque hoje eu vejo o quão bom o frio pode ser.
Meu chão tem frio e gosto disso. As pessoas que amo vivem num lugar que faz frio, e eu as amo MUITO.
O frio deixa as pessoas querendo um abraço e... quão bom é ser abraçado no frio...
O frio nos deixa dispostos a rir, mesmo que congelando as lágrimas de alegria...
O frio nos faz bonitos, porque nos aproximamos de quem nos vê assim, independente de nossa aparência...
E dentro de todos os paradoxos e entre os mais comuns eu digo: O frio nos aquece!!!!
Então, eu declaro minha paixão, minha libertação e meu desejo!!!
Eu gosto de frio! Quero o frio, (mas, só no inverno). Gosto das comidas. Gosto das bebidas. Gostos das roupas e dos abraços.
Neste fim de inverno, o frio voltou para deixar seu gostinho de "Quero mais" para o ano que virá...
Rompi meus grilhões com satisfação e engolindo o orgulho de sempre ter odiado algo que eu não via que poderia fazer-me feliz... agora cresci, agora amadureci e agora aceito-te!!!!


domingo, 24 de maio de 2015

O desafio da boa comunicação...

Falar palavrões é ruim? by JW.ORG


Somos seres comunicativos por natureza. A maioria das pessoas comunicam-se com sua própria voz, alguns por meio da escrita, outros com sua musicalidade e ainda outros como os surdo-mudos e italianos por meio de gestos...
Porém, a comunicação não é algo tão simples ou fácil de se compreender. Igual a uma conversa no estilo telefone-sem-fio parece sempre haver algum corte ou desencontro de ideias.
Por exemplo, pessoas ciumentas sempre tentam captar alguma mensagem subliminar num simples: Oi, tudo bem?, ainda mais se for acompanhada de um apelido carinhoso e a mensagem estiver no Whatsapp do namorado(a)...
Os desconfiados não acreditam no que ouvem, pois a mania de perseguição ou medo de ser enganado está sempre presente: "Vamos falar em coisa Boa!"... ah, ele associa SEMPRE a uma Tekpix... pois é, não dá pra tirar a razão de algumas coisas...
Mas, o pior de tudo, para mim, é o desencontro de idéias na hora de nos expressarmos no cotidiano.
Na escola, querendo ou não, além de estudar sobre a nossa língua temos que aprender sobre química, física e matemática.
Aprendemos em química que alguns materiais são impossíveis de se obter uma mistura homogênea, como o óleo vegetal e a água.
Em física somos apresentados as diferentes temperaturas dos elementos para que mudem de estado, como a diferença de congelamento entre o álcool e a água.
E ainda temos a matemática que a medida que nos aprofundamos acabamos por não entender mais a lógica do 1 mais 1, porque nem sempre o resultado é 2...
Sentiu-se confuso? Pois é exatamente assim que me sinto quando uma pessoa que vê um lindo espetáculo da natureza, com cores e composições extraordinárias e se expressa com um PALAVRÃO cabeludo!
Pois é, para mim é óleo e água... não misturam!
O que chega primeiro aos meus ouvidos não é o sentido de elogio, mas sim a ofensa da palavra de baixo calão, como o álcool que evapora primeiro e congela por último!
E como na explicação algébrica da matemática, o palavrão além de ter um valor negativo possui um valor muito maior que as outras palavras, geralmente é por isso que os seus usuários acabam usando, querem atribuir um PESO às sua expressões, mas esquecem que ela terá um efeito negativo em pessoas que zelam pela beleza e pureza de tudo.
O palavrão tem a função de chocar, chamar a atenção e ofender. Por mais que se argumentem que em nossos dias ele tem outro objetivo, não é possível separar as primeiras definições de qualquer outra.
É como achar que você pode servir um Pastel quentinho e saboroso, bem recheado e crocante enrolado em Papel Higiênico e imaginar que o seu cliente irá pagar por ele com muito prazer...
Ou ainda, tirar foto com uma Tekpix 7x1 (olha ela aí novamente) e se achar o maior fotógrafo do mundo!
Em suma, não use palavrões no seu dia-a-dia, fuja deles! Ele suja o que toca, oculta a beleza, ofende quem escuta.
Um argumento ainda mais forte...
A Bíblia Sagrada, que é considerada por muitos a Palavra de Deus, em Efésios 4: 29 diz: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra pervertida.”
Este aviso à congregação da cidade de Éfeso na Grécia foi escrito originalmente em... GREGO... (legal né?!),,. e tem por base uma palavra grega relacionada com peixes estragados ou frutas podres.
Então tente visualizar uma pessoa que começa a ficar impaciente e depois furiosa, ou ainda, muito feliz e entusiasmada. Por fim, você vê um peixe podre e se desmanchando sair da boca dele. Olhando ainda para sua boca vê sair dela frutos fedorentos, podres, sujando tudo e a todos ao seu redor.
Então limpe sua geladeira por dentro se encontrar nela algo fétido, limpe sua mente de coisas poluídas e que cheiram mal, com certeza não vai apodrecer o ambiente quando você se abrir e se comunicar, seja pela voz, escrita, imagens ou gestos...



sexta-feira, 27 de março de 2015

Advogada!!!

O mar by Alice



Sempre que alguém me diz que eu deveria cursar uma faculdade eu penso em algumas opções, não tão seriamente porque eu não quero gastar meu tempo num banco colegial que forma, na maioria das vezes, bons 'coladores'.
Mas, se eu fizesse algum curso pra valer, que me ensinasse verdadeiramente mais do que sou capaz de aprender usando as ferramentas que a internet me oferece (por favor não pensem que sou arrogante ou extremamente autoconfiante, mas realmente não acredito que um curso universitário ensine alguém que não quer aprender, mas que auxilie os estudos de alguém que realmente busca uma orientação profissional), eu cursaria, talvez uma Engenharia Civil, Arquitetura ou Direito.
Com relação a última opção, eu acredito que não duraria muito tempo na profissão, ou então me tornaria uma pessoa odiada e temida.
Justifico meu argumento apenas citando o meu fervor quando defendo quem eu acredito estar com a razão, ou aqueles nos quais eu acredito merecerem o perdão por seus erros.
Com esta ideia em mente, o tema de meu discurso de apresentação ante um juri seria em defesa da humanidade!
Porém, antes de meus argumentos soarem o Advogado do Diabo já teria sussurrado aos ouvidos de todos no grande salão. Teria lembrado a todos as agruras da Vida que os homens fazem questão de acentuarem. Teria contado relatos de guerras, a morte de crianças e mulheres, atrocidades contra animais e o meio-ambiente. Com certeza teria minado o pensamento de todos com a lembrança de velhos amigos traidores, de pessoas hipócritas e ambiciosas. Criado a repulsa aos pedófilos e violadores. Revelaria o horror dos amantes do poder que matam por poder e dinheiro. Sem escrúpulos riria do olhar aterrorizado das mulheres e homens diante da morte de uma criança faminta. Aumentaria sua voz e criaria o pavor ao revelar perversões e descaso. Alistaria torturas em nome de Deus, morte, dor e sofrimento...
Ao final, este Advogado cruel, cujo salário é a própria Morte, pediria o Veredicto... a Extinção da Raça Humana.
Eu, em contra-partida, iria começar minha consideração pela reação emocional que todos no juri tinham inevitavelmente sentido. Todas as revoltas e dor diante das injustiças citadas, todas vieram de humanos. Todos nós somos capazes de sentir estas emoções se não possuirmos uma doença degenerativa e mental. Todos os humanos sentem amor e compaixão. Todos querem a justiça e querem viver em PAZ. Todos nós amamos nossos filhos e amigos. Todos nós desculpamos da melhor maneira as pessoas nas quais temos empatia, e sim, somos capazes de nos colocar no lugar de outros e sofrer com eles. Somos humanos! Amamos os animais inferiores! Muitos de nós cuidamos dos animais com tanta responsabilidade quanto cuidaríamos de nossos próprios filhos.
Além de tudo isso, ainda somos capazes de rir com gatinhos brincando com bolinhas de papel. Somos felizes com o barulho da chuva ou do mar. Admiramos o por do sol e o dividimos com a nossa inteligência por meio de fotos e vídeos. Escrevemos cartas de amor e consolo. Somos capazes de sentir satisfação ao nos alimentarmos e ainda tornar uma refeição ainda mais saborosa para quem amamos. Cozinhamos para outros por amor. Cuidamos de nosso pais e avós por amor. Sofremos com a perda e esperamos rever nossos entes queridos. Sentimos tanto prazer com a pessoa que nos identificamos, criamos um mundo perfeito e maravilhoso pela simples razão de amar. O mundo todo desaparece diante das emoções geradas pelo toque de duas mãos apaixonadas e olhares sinceros...
É como se um novo universo de emoções e possibilidades fossem criados com o simples sentimento de duas pessoas, sentido por mães, filhos, pais e casais.
Enfim... quantos argumentos eu poderia usar, lendo a mente de cada jurado, vendo a satisfação em cada olhar, explorando toda a criação terrestre que corresponde a todos os sentimentos humanos, como o conforto do calor de uma lareira num dia frio, o abraço quando nos sentimos sozinhos, o sentimento do amor em uma carta distante, do beijo à noite e à sós, a sensação de frescor do banho no verão, ter a fome e a sede saciadas...
Para finalizar, meu argumento seria a Vida pela Vida!
Se alguém que tinha uma Vida perfeita a colocou fora para experimentar o diferente foi o culpado, ele já pagou com a própria vida perfeita dele, porém deixou-nos esta dívida... No entanto, outro alguém se ofereceu para pagar nossa dívida e as custas de sua própria vida humana perfeita pagou por todos nós e equilibrou nossa balança. Apagou com sua própria Vida os argumentos maus e testemunhou a favor de todos nós. Provou que somos capazes de sermos melhores do que somos.
Deixou um modelo de como devemos agir quando formos iguais a Ele, e temos que acreditar que seremos. Temos que nos esforçar para ser, mesmo que pensemos o contrário! ELE acreditou em nós!
Nos resta acreditarmos tanto Nele quanto em nós mesmos...
Em suma... eu usaria minha Vida inteira para defender esta tese, defender a humanidade e defender o Criador dela!!! É a profissão e é a carreira que eu escolhi para mim!!!!
Defenda também a Humanidade... não é toda ela que merece morrer, só os que deixaram de fazer parte dela!

segunda-feira, 9 de março de 2015

Diálogo Virtual da Mulher Invisível e o Homem Ideal

Desretrato by Altemir


Seu nome, querida?
Muito prazer!... Mas, meu nome não importa. Seremos conhecidos para toda a vida, mesmo que isso dure apenas os minutos, ou até mesmos as horas do bate-papo... Não adianta insistir num nome, eu sei que tu mentiria o teu também... talvez até sua profissão, altura e cor dos olhos... normal... As pessoas por aqui não são iguais ao que dizem, aqui tu pode ser o que idealizar, ser decidido, interessante e até quase um herói, sem exagerar, pois senão ninguém iria poder fingir acreditar na tua história. Ah, meu nome? Pois é, tenho tantos nomes preferidos e significativos, mas mesmo que eu dissesse meu nome próprio iria soar como um escolhido da lista.
Não quer que eu diga o meu nome?
Ah, pra quê? Tenho certeza de que seria um nome repleto de explicações e valores gregos, saxões ou árabes.
Então vamos ao papo... Sobre o que gosta de fazer, um pouquinho da tua vida...
Eu poderia te falar qualquer coisa um tanto quanto perigosa, aventureira, excepcional ou uma história triste e traumatizante de cortar o coração: minha mãe me abandonou, meu pai não queria que eu nascesse, meus irmãos e colegas caçoavam de meus defeitos (que não vão parecer tão ruins assim), enfim, o que puder imaginar para me tornar um personagem aclamada pela crítica.
Mentira?!
Capaz! Completa verdade de uma imaginação comum, só psicóticos falam a verdade com tanta naturalidade e não sentem remorso por isso.
Me manda uma foto!
Sério que tu quer ser enganado desta maneira? As fotos mentem, os espelhos é que não... e mesmo assim, há aqueles de circo ou parques de diversão...
Tem medo?
Tenho! Assim como tu não sabe quem eu sou e eu nem sei o seu nome, como saberei que tu não és uma legião ou um pervertido completo?
Isso não tem graça...
Infelizmente as pessoas acham graça na completa desgraça! Se algo é simples, lógico e nítido é simplório demais para instigar uma pessoa a deter sua atenção, porém se é algo complexo, difícil de entender e exige estudo torna-se incompreendido e se algo realmente valer a pena, ah, isso não interessa mais pra ninguém. Vive-se de apenas 140 caracteres de cada vez...
Veio aqui pra quê, então?
Por incrível que pareça eu nasci aqui. Preciso sobreviver neste meio. Sou uma estranha dentro de um mundo que não me conhece, que me ignora... Eu sei que tu não tem culpa de não me entender tanto quanto eu gostaria, mas, eu não entendo teu estilo de vida também...
Quer dizer que se eu quiser realmente ser seu amigo tu não irá acreditar?
Tu quer ser meu amigo? Mas, eu nem te conheço? Tu nem sabe meu nome, não sabe o que eu faço da vida e nem do que eu gosto...
...
Eu sabia que não era verdade... Ninguém está aqui para um papo sério e verdadeiro!

sábado, 10 de janeiro de 2015

Quem é você?

Quem é você by Alice


É o tipo de pessoa que não vai à casa de seu grande amigo por causa de uma pessoa que estará lá e que você não gosta?
É o tipo de pessoa que não acredita porque não viu?
É o tipo de pessoa que não gosta de pessoas amáveis porque acha que o mundo é muito cruel, é assim mesmo e igual ao "lula molusco" acha que todo mundo deve ser ranzinza, cinza e sem graça?
É o tipo de pessoa que não se apega aos animais para não sofrer a perda deles, que ocorrerá algum dia, inevitavelmente?
É o tipo de pessoa que não examina um assunto porque alguém lhe disse que ele não vale a pena?
É o tipo de pessoa que não tem curiosidade porque ela demanda tempo?
É o tipo de pessoa que se conforma com o sofrimento, as injustiças, as maldades e a morte?
É o tipo de pessoa que não lê até o fim?
É o tipo de pessoa que guarda rancor e não perdoa o erro contínuo?
É o tipo de pessoa que não perdoa um erro próprio, mas desconta a raiva nos outros, principalmente nos que te amam e que irão te perdoar e te aguentar?
É o tipo de pessoa que costuma fazer sempre a mesma coisa, todos os dias, com as mesmas reclamações e esperando que algum dia a coisa mude?
É o tipo de pessoa que não aceita conversar com estranhos sobre religião, política ou esportes porque estas coisas não se discute?
É o tipo de pessoa que faz os outros acreditarem serem importantes, mas no íntimo as despreza?
É o tipo de pessoa que não se esforça pra mudar sua personalidade, mas quer que os outros se adaptem a você?
É o tipo de pessoa que sempre tem razão porque sabe que é imperfeito, mas tem certeza que é mais esclarecido que seus amigos?
É o tipo de pessoa que acha que conhece uma pessoa só com a primeira impressão?
É o tipo de pessoa que não aceita o sorriso e o bom dia do religioso porque ele quer seu dinheiro?
É o tipo de pessoa que prefere estacionar na sombra, mas corta as suas árvores para não ter que limpar as folhas?
É o tipo de pessoa que mata o gato porque ele suja seu muro e sua calçada, mas odeia ratos?
É o tipo de pessoas que não quer o ladrão arrombando sua porta, entrando em sua casa, levando seus bens de valores, mas reclama do latido do cão do vizinho?
É o tipo de pessoa que critica a todos e a todo mundo, mas desculpa-se veemente por seus erros?

Ah... meu amigo... meu irmão...

MUDE VOCÊ porque você não vai mudar o mundo... ele está passando...

E se você leu até aqui, é porque está disposto a repensar o tipo de pessoa que você é!

Clique e Leia!!!


...

Onde estão?