Eu sei que você não quer ser chamado de hipócrita ou duas
caras, mas... pense no seguinte diálogo no mundo virtual com um dos seus
melhores amigos, com uma tradução instantânea dos verdadeiros, ou quase
verdadeiros pensamentos...
- Oi. (Cumprimento trivial de quem quer verificar se a outra
pessoa está afim de teclar)
- Oi. (Respondeu... que bom, ele quer falar mais que um
oi...)
- Me dá um feed do
que tu achava de mim quando criança... (Pergunta que não se faz se tu não
quiser saber realmente o porquê, se a pessoa for sincera tu corre o risco de
ficar extremamente magoada e perder uma amizade verdadeira. O que não é meu
caso.)
- Tu sabe... (Resposta evasiva de quem está com medo de
responder e perder o amigo.)
- Ah, fala aí, quero comparar com o que os adultos pensavam
de mim, tu tinha 16, 17 e era meu amigo... (Argumentação proposta para
convencer o amigo para ele poder falar sem medo. Apesar de eu ter medo que a
resposta realmente corrobore com o que alguns adultos pensavam de mim quando eu
tinha 9, 10 anos de idade.)
- Eu já te falei. (Mais uma evasiva.)
-... (Silêncio para forçar uma resposta)
- Guria inteligente. (Opa! Um elogio!)
- ... (mais, por favor...)
- Falante (Uma verdade!)
- ... (mais um pouco...)
- Divertida. (hehehhe. Legal, estou gostando...)
- Metida (Opa! Outra verdade!)
- ... (Comecei a pensar nas verdades...)
- E com senso de humor. (O “E” finaliza o pensamento. Está
muito bom!)
- Hehhehehe. Eu gostei da sinceridade... o Metida, foi
sincero... pode ser mais... INTROMETIDA! (É o que penso e acrescento.)
- Também... (Sinceridade plena!)
- Eu quero os meus contras... de verdade... as pessoas não
contam. Quero uma visão tua, que és meu amigo... (E estou sendo sincera, também.)
- Já falei. Eu gostava de ti. Isso basta! (O ponto final, e
enfático.)
Para mim, acabou a conversa. O assunto chega ao fim. Eu sou
quem sempre fui e agradei quem queria minha amizade e me aceitava como eu era.
E vou continuar agradando quem eu quero bem e quem me ature!!!
No fim das contas, nossos amigos sabem o que sentimos e
pensamos, sem que precisemos expressar com todas as nossas palavras ou ações.
Muitas vezes reagimos e nos comportamos como pessoas comuns e damos respostas
as quais não condizem com o que sentimos, mas, somos assim... somos poços
profundos, águas paradas... não somos hipócritas, não fingimos sentimentos e
não simulamos o que não somos, pois, quem nos conhece sabe exatamente o que
estamos dizendo de forma diferente do normal...