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Foto do fundo: Auto-retrato - São Miguel do Oeste - SC by Alice Elaine

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

É como se vê...

Que icem as velas by Alice


Dia quente, dia frio, chuva ou sol.
Como é que a gente vê o que acontece ao nosso redor? Como sentimos? O que dizemos?
Costumo pensar que a depressão é apenas uma condição de ESTAR, não deve ser conjugada com SER.
Eu sinto-me triste e deprimida em alguns períodos da minha vida, mas não posso e não QUERO SER deprimida.
Os sentimentos são contagiosos, assim como uma peste. Uma pessoa mal-humorada, resmungona e disposta à guerra é como uma gangrena.
Prefiro encontrar as coisas boas, mesmo nas situações mais absurdas...
Lembro de ser assim desde criança, enquanto todos resmungavam com o carro atolado no barro, em uma pescaria, eu me divertia empurrando e recebendo a lama das rodas do nosso Maverick. Achava o máximo experimentar o peixe assado espetado numa taquara e temperado com cinzas porque haviam esquecido de levar sal, frigideira e espeto.
Se está chovendo, eu curto a chuva, se tenho que sair pela rua, aproveito o banho...
Se estiver quente, curto o calor, relaxe que tudo é mais suportável...
Eu SOU assim!
Procuro ser amiga, não por fazer loas e inventar bajulas sem sentido, mas por reconhecer o que é positivo, garimpar o tesouro das pessoas.
Gostaria de que lembrassem de mim como uma pessoa sincera, disposta a ajudar e sempre presente.
Eu até gostaria de ter um clone para que EU experimentasse do meu próprio 'remédio', assim, eu poderia ver onde é que a meu desejo de ser legal torna-se inconveniente e chato... e melhoraria!
Tudo isso é como um desabafo, é uma tentativa de me reconhecer no que escrevi. É a terapia da escrita. Tentar entender nas minhas palavras a origem de frustrações. Saber o porquê das pessoas não entenderem as minhas atitudes. Por que se escondem de mim, do que é que tem medo.
Eu admito que não sou fácil, minha sinceridade beira a falta de tato e ao intrometimento. Mas, não faço por mal. Muitas vezes detecto nas palavras, no tom da voz, ou até mesmo, no silêncio, um grito de socorro e não posso deter o meu ímpeto.
Se eu acreditar que tenho como ajudar, ajudarei! Num bilhete, numa canção, num comentário ou com um olhar, vou dizer o quanto você é importante para mim, para alguém e para todos!
Não me refreio por covardia! Prefiro receber os tomates da desaprovação, embora sofra sobremaneira com isso, mas não ficarei impotente diante do que tenho que fazer.
Perdoem-me todos àqueles aos quais já intrometí-me em suas vidas. Perdoem-me os que causei dor por não ter a sensibilidade necessária para ajudar da maneira correta e perdoem-se os que acham que não tenho perdão...
Seguirei tentando ver com olhos felizes as coisas da vida. Tenho o maior consolo que se pode ter: minha relação pessoal com Deus. No mais, vou tentando ajudar todos que amo com minha amizade à minha maneira, pois, não espere beijos e abraços, neste aspecto eu tenho um certo bloqueio...


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