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Foto do fundo: Auto-retrato - São Miguel do Oeste - SC by Alice Elaine

sábado, 19 de setembro de 2009

Realidade Crua

Quando a gente se decepciona com uma pessoa, uma parte do nosso mundo cai. É incrível como coisas antigas ficam marcadas na nossa mente, sentimentos estagnados voltam a tona assim que a água da lembrança volta a agitar-se.


Uma pessoa que sempre foi alguém importante começa a desvanecer, começa a sumir da escada de nossa estima. E nunca é por pouca coisa, não é por um rompante, ou por uma variação hormonal.

A gente só perde as pessoas que na verdade nunca tivemos, porque aquelas que sempre foram por nós, nunca nos abandonarão, sempre saberão de nossos defeitos e nos amarão de qualquer forma...

Porém, aquelas que só se mostraram a nosso favor numa fina aparência logo que o tempo arranha a superfície frágil e sem profundidade, surgem os verdadeiros sentimentos, surge a pessoa como ela é e todos os seus preconceitos pré-estabelecidos com relação a quem enganavam.

Não é que tenhamos culpa por sermos o que somos, mas nunca agradaremos a todos, talvez só nos aturem, enquanto for conveniente, ou até que não agüentem mais esconder o seu âmago.

Eu fico triste, muito triste, porque eu realmente amo aqueles que passaram por minha vida, mas existem alguns que só me tiveram desprezo, demonstrando com seus olhares e bocas tortas. E eu me lembro bem destas ocasiões, elas marcam adultos e crianças de qualquer idade...

Mas, fazer o quê? Eu preciso continuar vivendo, afinal eu nunca o tive e... não vai me fazer falta perdê-lo...

O que eu tinha que chorar, já chorei. O que eu tinha que lamentar, já lamentei. Já tentei pedir desculpa pelo que eu não fiz. Já tentei consertar o que nem defeito tinha...

Agora, o que resta, é não dar importância, é riscar o rascunho, passar a limpo em folha em branco, sumir com este personagem da história da nossa vida, afinal, o livro é nosso.

Mas, uma coisa eu tenho certeza: eu tenho muita vergonha na cara, porque eu conheço meus defeitos e não julgo ninguém por mim mesma, nem, tampouco critico alguém sem conhecer sua história.

Eu sempre lembrarei de quem me ama, de quem me aceita, de quem me perdoa mesmo eu sendo imperfeita, por ser chata e por eu ser eu mesma.

Pescaria 1985 by Carlos (Pai)


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Um comentário:

jessica disse...

Gostei muito deste falou verdades que acontecem parabens ficou muito bom.

Onde estão?