Ah, como eu gostaria, de por vezes, ter à mão uma anestesia geral. Algo que me fizesse não pensar em nada.
Mas não acho que isso traga a solução para qualquer problema.
Por vezes, eu gostaria de, usando de um eufemismo conhecido, dormir profundamente...
Mas, mesmo assim, seria uma fuga egoísta dos problemas...
Os amigos estão todos distantes, os parentes não estão perto e sinto falta de todos...
Então recorro à música... durante o tempo em que ela toca eu penso só nela e alivio um pouco o coração.
E para os momentos mais críticos e escuros, a oração é que me põe no prumo e me acalma.
Fotos, contos, depoimentos e histórias em geral. Assuntos diversos para pessoas diversas...
quarta-feira, 21 de julho de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Descobertas
Depois que a gente cresce e começa a ampliar nossa visão é que os pensamentos infantis, quando lembrados, tornam-se muito engraçados.
Por exemplo: eu costumava achar que Atum fosse um peixinho, parecido com uma sardinha, pois vinha nas latinhas. Pois é, eu me enganei completamente.
Eu ficava muito intrigada com uma canção do Roberto Carlos:
"Eu quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar... Eu só não quero cantar sozinho, eu quero um coro de passarinho..."
Eu me perguntava, ingenuamente... por que ele quer um couro de passarinho? - eu não sabia ler ainda, só ouvia o "coro" e nunca relacionava ao conjunto de vozes... CRIANÇA.
Há pouco tempo, descobri que não fui a única e ficar remoendo esta informação e indignação com o cantor por causa dos pobres pássaros...
Outro motivo de riso, agora, é lembrar o que eu acreditava ser um torcicolo. Pra mim, qualquer torção era um torcicolo. Eu torcia o pé e dizia: "Pai, to com torcicolo aqui."
Fazer o que, não é mesmo...
Mas a pior história que me aconteceu devido a esta ignorância infantil/adolescente, aconteceu quando eu fui comprar um par de tênis com meu pai. Coisa rara, ele ia deixar EU escolher aquele que eu quisesse.
Voltei pra casa com uma "Conga"! (Legítima, Conga mesmo!)
Minha mãe ficou doida, como é que eu saio pra comprar um TÊNIS e volto com uma CONGA!
Minha explicação foi simples, pois tudo que eu experimentava me apertava o calo!
Calo??? Com 10 anos eu tinha um CALO?!
Tststststs...
Era um bicho-de-pé!
Por exemplo: eu costumava achar que Atum fosse um peixinho, parecido com uma sardinha, pois vinha nas latinhas. Pois é, eu me enganei completamente.
Eu ficava muito intrigada com uma canção do Roberto Carlos:
"Eu quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar... Eu só não quero cantar sozinho, eu quero um coro de passarinho..."
Eu me perguntava, ingenuamente... por que ele quer um couro de passarinho? - eu não sabia ler ainda, só ouvia o "coro" e nunca relacionava ao conjunto de vozes... CRIANÇA.
Há pouco tempo, descobri que não fui a única e ficar remoendo esta informação e indignação com o cantor por causa dos pobres pássaros...
Outro motivo de riso, agora, é lembrar o que eu acreditava ser um torcicolo. Pra mim, qualquer torção era um torcicolo. Eu torcia o pé e dizia: "Pai, to com torcicolo aqui."
Fazer o que, não é mesmo...
Mas a pior história que me aconteceu devido a esta ignorância infantil/adolescente, aconteceu quando eu fui comprar um par de tênis com meu pai. Coisa rara, ele ia deixar EU escolher aquele que eu quisesse.
Voltei pra casa com uma "Conga"! (Legítima, Conga mesmo!)
Minha mãe ficou doida, como é que eu saio pra comprar um TÊNIS e volto com uma CONGA!
Minha explicação foi simples, pois tudo que eu experimentava me apertava o calo!
Calo??? Com 10 anos eu tinha um CALO?!
Tststststs...
Era um bicho-de-pé!
Frio e Chuva - De novo!!!
Não adianta, todo inverno é a mesma coisa. Faz um frio horroroso e chove.
A gente fica só olhando as vidraças embaçarem, e escorrer deixando aquelas trilhas no vidro.
O olhar se perde por entre os pingos, por entre a névoa que levanta quando o sol tenta esquentar um pouco a temperatura. Pensamos em milhões de coisas desconexas, pensamos nos amigos, no dia de verão, na viagem dos sonhos, pensamos até no que nunca havia passado pela mente...
Tomando um chimarrão pra esquentar por dentro meditamos no que há de mais interior da nossa mente.
Vem a mente, de relancina, o tempo em que não sentíamos tanto frio, o tempo de correr de pés descalços, andar com blusa fina e calça curta...(bueno, eu não passei por este tempo, sempre tive frio).
Mas, voltando aos devaneios que ocorrem nestes dias cinzas e chuvosos, lembro muito das manhãs que eu tinha que sair cedinho pra ir pra escola, cruzando por entre as nuvens baixas, chegando encharcada e congelada até meu destino. Na mesma semana, "benzetacil" e um bom tempo de molho.
Nunca gostei do tempo frio, o frio me dói! Eu gosto da chuva e do vento, mas do frio, não!
Sinto-me viva em dia de tempestade, o iluminar do raio, o ruido do trovão, o barulho da chuva e os assovios dos ventos, tudo isso me acalma, me faz bem, me dá até sono.
Mas dia frio e molhado me deprime, me reprime e comprime.
Venha SOL, vem aquecer meu dia, vem enxugar o solo e iluminar meu olhar.
E, onde está o tal de aquecimento global quando EU preciso dele?
A gente fica só olhando as vidraças embaçarem, e escorrer deixando aquelas trilhas no vidro.
O olhar se perde por entre os pingos, por entre a névoa que levanta quando o sol tenta esquentar um pouco a temperatura. Pensamos em milhões de coisas desconexas, pensamos nos amigos, no dia de verão, na viagem dos sonhos, pensamos até no que nunca havia passado pela mente...
Tomando um chimarrão pra esquentar por dentro meditamos no que há de mais interior da nossa mente.
Vem a mente, de relancina, o tempo em que não sentíamos tanto frio, o tempo de correr de pés descalços, andar com blusa fina e calça curta...(bueno, eu não passei por este tempo, sempre tive frio).
Mas, voltando aos devaneios que ocorrem nestes dias cinzas e chuvosos, lembro muito das manhãs que eu tinha que sair cedinho pra ir pra escola, cruzando por entre as nuvens baixas, chegando encharcada e congelada até meu destino. Na mesma semana, "benzetacil" e um bom tempo de molho.
Nunca gostei do tempo frio, o frio me dói! Eu gosto da chuva e do vento, mas do frio, não!
Sinto-me viva em dia de tempestade, o iluminar do raio, o ruido do trovão, o barulho da chuva e os assovios dos ventos, tudo isso me acalma, me faz bem, me dá até sono.
Mas dia frio e molhado me deprime, me reprime e comprime.
Venha SOL, vem aquecer meu dia, vem enxugar o solo e iluminar meu olhar.
E, onde está o tal de aquecimento global quando EU preciso dele?
Paisagem de Inverno by Alice
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Música, a companheira dos solitários...
O que eu entendo de música é só o que eu sinto quando escuto uma. Não sei datas, não sei quem compôs, não sei a maioria das traduções das letras estrangeiras, não sei quase nada...
Muitos devem me criticar severamente por isso. Àqueles que vivem da música profissionalmente ou tem uma atração mais íntima com esta arte devem revirarem-se em seus assentos quando lêem algo como o que eu digo.
Mas é a pura verdade, eu não posso dizer que eu sei porque eu gosto de Creedence, Biafra, Os Serranos, Rita Lee, Johnny Rivers, e até de Roberto Carlos. Eu gosto de muitos outros mais, ouço as músicas mais aleatórias e diversas que já foi oferecido pelo mercado, curto até mesmo aquelas que nem estão em CD, músicas gravadas pelo antigo gravador de K7, produções independentes de bandas que fazem a história da minha infância e adolescência.
Eu sei que GOSTO de música! É mais fácil eu alistar o porquê de não gostar de uma banda ou de uma determinada música do que explicar o meu fascínio por algumas específicas.
Não sei explicar por que eu não enjôo de ouvir repetidamente um som, as letras estrangeiras eu não memorizo, não adianta, mas mentalmente eu sei exatamente o fonema que virá a seguir.
Pra completar eu sou um desastre musical, não toco nada, acho que sairia do rítmo até tocando triângulo.
Não canto nada, tenho problema de nasalização do som, não alcanço as notas e respiro mal.
Mas amo escutar e cantar as músicas (pobre de quem fica perto), até brinco de karaokê no meu computador, geralmente sozinha.
Pois é, não se assuste comigo, se pintei um quadro tão horripilante, a intenção é que eu surpreenda quando alguém TIVER que me ouvir cantar, porque vai pensar: "Até que não é TÃO ruim, assim..."
Muitos devem me criticar severamente por isso. Àqueles que vivem da música profissionalmente ou tem uma atração mais íntima com esta arte devem revirarem-se em seus assentos quando lêem algo como o que eu digo.
Mas é a pura verdade, eu não posso dizer que eu sei porque eu gosto de Creedence, Biafra, Os Serranos, Rita Lee, Johnny Rivers, e até de Roberto Carlos. Eu gosto de muitos outros mais, ouço as músicas mais aleatórias e diversas que já foi oferecido pelo mercado, curto até mesmo aquelas que nem estão em CD, músicas gravadas pelo antigo gravador de K7, produções independentes de bandas que fazem a história da minha infância e adolescência.
Eu sei que GOSTO de música! É mais fácil eu alistar o porquê de não gostar de uma banda ou de uma determinada música do que explicar o meu fascínio por algumas específicas.
Não sei explicar por que eu não enjôo de ouvir repetidamente um som, as letras estrangeiras eu não memorizo, não adianta, mas mentalmente eu sei exatamente o fonema que virá a seguir.
Pra completar eu sou um desastre musical, não toco nada, acho que sairia do rítmo até tocando triângulo.
Não canto nada, tenho problema de nasalização do som, não alcanço as notas e respiro mal.
Mas amo escutar e cantar as músicas (pobre de quem fica perto), até brinco de karaokê no meu computador, geralmente sozinha.
Pois é, não se assuste comigo, se pintei um quadro tão horripilante, a intenção é que eu surpreenda quando alguém TIVER que me ouvir cantar, porque vai pensar: "Até que não é TÃO ruim, assim..."
Violão e Eu
domingo, 11 de julho de 2010
Colinho invertido...
Colinho de Lipa by Alice |
Ela chega de mansinho, eu estou no notebook e escuto o pulo que ela dá ao subir na cama. Vem "ao passito" até a extremidade do leito e estica a patinha pra alcançar as minhas pernas.
O espaço é pouco, alguns centímetros apenas entre eu e a mesa do computador, e ela insiste em deitar é no meu colo.
Tenho que usar as mãos para digitar e usar o mouse, mas ela não se importa com a atividade e mesmo assim arruma um lugar pra repousar.
Eu chamo de colinho invertido porque ao mesmo tempo que ela busca o aconchego do colo, ela me dá o carinho que procuramos nos braços de quem amamos. Ela me devolve a certeza de que mesmo tendo um colchão de molas, coberto com um cobertor quentinho e espaço de montão, ela prefere o meu calor, meu braço, minha respiração, ela prefere o meu colo.
Ela me dá um colinho!
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Meu Irmão
Abria uma fresta de olho... e ele estava sentado no chão, calçando os "Kichutes", sempre fungando, coriza da manhã. Entre um barulho e outro, uma puxadinha mais firme no cadarço imenso, alça por alça de todo o desenho entrelaçado, uma ou duas voltas na canela e um nó seguido de um laço.
Levantava e vestia uma blusa de lã e o casaquinho do abrigo Adidas... fungava mais um pouco, as vezes, tinha que recorrer a um lenço, munia-se da Pasta escolar (não era igual as mochilas modernas) e eu dava um: "- Bom Colégio!".
Antes de sair ele acenava com a cabeça agradecendo, fungava uma última vez no quarto e, ia pra pra escola sob a neblina fechada de Santa Maria... eu ficava na cama debaixo do beliche, tinha só 4 anos...
Levantava e vestia uma blusa de lã e o casaquinho do abrigo Adidas... fungava mais um pouco, as vezes, tinha que recorrer a um lenço, munia-se da Pasta escolar (não era igual as mochilas modernas) e eu dava um: "- Bom Colégio!".
Antes de sair ele acenava com a cabeça agradecendo, fungava uma última vez no quarto e, ia pra pra escola sob a neblina fechada de Santa Maria... eu ficava na cama debaixo do beliche, tinha só 4 anos...
quinta-feira, 8 de julho de 2010
segunda-feira, 5 de julho de 2010
domingo, 4 de julho de 2010
Delícia de Janta!!!
Uma das coisas que realmente sentirei muita falta, quando eu for embora de São Miguel do Oeste, é das pizzas e Calzones do Novo Casarão...
Huuummmmmmmm!!! Delícia!!!
A Caixa de sobremesa
Vou criar uma fábrica de doces...
Que não custam nada, para dividir,
Começar com balas e caramelos,
Sabor dos anos que já vivi.
Papéis bonitos, bombons recheados.
Formatos diversos e divertidos.
Começarei pelos anos da minha infância,
Serão os mais doces e coloridos.
Espero uma produção eterna.
Na qual me orgulhe de existir.
O consolo da minha angústia,
Que me dará prazer usufruir.
Farei um docinho pra cada dia,
Mesmo para aqueles mais tristes e amargos.
Saberei misturar as medidas,
Ficarão bons e bem temperados.
E quando for degustar meus anos.
Verificar o sabor da minha existência,
Lembrarei de cada um,
Com a certeza da permanência.
Que não custam nada, para dividir,
Começar com balas e caramelos,
Sabor dos anos que já vivi.
Papéis bonitos, bombons recheados.
Formatos diversos e divertidos.
Começarei pelos anos da minha infância,
Serão os mais doces e coloridos.
Espero uma produção eterna.
Na qual me orgulhe de existir.
O consolo da minha angústia,
Que me dará prazer usufruir.
Farei um docinho pra cada dia,
Mesmo para aqueles mais tristes e amargos.
Saberei misturar as medidas,
Ficarão bons e bem temperados.
E quando for degustar meus anos.
Verificar o sabor da minha existência,
Lembrarei de cada um,
Com a certeza da permanência.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
A Borboleta
Quando eu olho para as nuvens vejo uns desenhos legais, que jamais farei com um lápis!
Nesta foto eu registrei uma borboleta!!!
Borboleta by Alice
Que foi?! Viajei???
A chuva e o Pensamento
É nessas horas em que a chuva cai de mansinho,
E o trovoar ecoa pelo firmamento,
Que me pego a pensar no longe
No que eu poderia estar fazendo
Mas não sei o que é.
Quantas vezes já tentei descobrir,
Ficando horas acordada remoendo,
Talves escrevendo eu veja meus olhos abrir.
Gosto de pensar, num dia assim
Que sou, ainda, criança.
Poder dormir mais, mas não querer perder tempo.
Eu preciso me lembrar do tempo perdido.
Eu preciso aproveitar o meu tempo.
Agora que os meus sentimentos são mais profundos,
A chuva cai como as minhas emoções,
Cai transbordante, com força, abundante.
Mas logo passa... Vai passar... É chuva de verão.
Só o que não se vai, não passa,
E eu não quero que passe,
São as minhas lembranças,
Que preenchem um lugar importante
Dentro do meu coração.
Poema escrito em 30/09/2002 numa tarde chuvosa...
E o trovoar ecoa pelo firmamento,
Que me pego a pensar no longe
No que eu poderia estar fazendo
Mas não sei o que é.
Quantas vezes já tentei descobrir,
Ficando horas acordada remoendo,
Talves escrevendo eu veja meus olhos abrir.
Gosto de pensar, num dia assim
Que sou, ainda, criança.
Poder dormir mais, mas não querer perder tempo.
Eu preciso me lembrar do tempo perdido.
Eu preciso aproveitar o meu tempo.
Agora que os meus sentimentos são mais profundos,
A chuva cai como as minhas emoções,
Cai transbordante, com força, abundante.
Mas logo passa... Vai passar... É chuva de verão.
Só o que não se vai, não passa,
E eu não quero que passe,
São as minhas lembranças,
Que preenchem um lugar importante
Dentro do meu coração.
Poema escrito em 30/09/2002 numa tarde chuvosa...
Assinar:
Postagens (Atom)