Abria uma fresta de olho... e ele estava sentado no chão, calçando os "Kichutes", sempre fungando, coriza da manhã. Entre um barulho e outro, uma puxadinha mais firme no cadarço imenso, alça por alça de todo o desenho entrelaçado, uma ou duas voltas na canela e um nó seguido de um laço.
Levantava e vestia uma blusa de lã e o casaquinho do abrigo Adidas... fungava mais um pouco, as vezes, tinha que recorrer a um lenço, munia-se da Pasta escolar (não era igual as mochilas modernas) e eu dava um: "- Bom Colégio!".
Antes de sair ele acenava com a cabeça agradecendo, fungava uma última vez no quarto e, ia pra pra escola sob a neblina fechada de Santa Maria... eu ficava na cama debaixo do beliche, tinha só 4 anos...
Um comentário:
Faz tempo hein? Um beijo. Te amo minha irmã.
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